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Análise revela que PS5 Pro não melhora significativamente o FPS

A Sony anunciou o PS5 Pro na última semana, afirmando que a consola é até 45% mais potente do que a versão original. No entanto, apesar de todo esse poder, uma análise detalhada realizada pelo Digital Foundry revelou que a nova consola não apresenta ganhos reais em termos de FPS. 

Embora não tenham tido acesso antecipado ao aparelho, a equipa do DF analisou os poucos vídeos partilhados pela Sony e concluiu que os jogos compatíveis com o PS5 Pro não beneficiam necessariamente das novas capacidades de processamento da consola.

Isto significa que muito do que foi promovido pela Sony na apresentação do PlayStation 5 Pro poderá não ser utilizado pelos jogos com o selo “PS5 Pro Enhanced”. Ou seja, a GPU mais potente, o maior número de unidades computacionais, o ray tracing avançado e o poder de processamento bruto e rasterização podem não influenciar significativamente a forma como os jogos serão apresentados aos jogadores.

PS5 Pro depende fortemente do PSSR

Em vez disso, o DF descobriu que os jogos compatíveis com o PS5 Pro devem confiar quase exclusivamente no PlayStation Spectral Super Resolution (PSSR, a nova tecnologia de upscaling através de inteligência artificial) para atingir os 60 FPS, mantendo uma alta qualidade de imagem. Avaliando a demonstração de The Last of Us Part 2, o consenso é que o jogo corre a 4K@60FPS com uma resolução interna de 1440p. 

Ratchet & Clank: Uma Dimensão À Parte estaria a correr com uma resolução interna de 1080p, sendo a imagem escalada para 4K para manter a taxa de 60 FPS. O caso de Alan Wake 2 é ainda mais “preocupante”, com o jogo a correr numa resolução nativa de apenas 864p — a mesma do PS5 original. Ainda assim, o título poderia correr a 1260p, mas a taxa de fotogramas desce para 30FPS neste modo — e o PS5 Pro enfrenta o mesmo dilema do PS5 atual, obrigando o utilizador a escolher entre fidelidade gráfica e desempenho.

Dragon’s Dogma 2, Hogwarts Legacy, Gran Turismo 7 e outros jogos mostrados durante o evento de anúncio também dependeriam fortemente do PSSR e não necessariamente das capacidades de processamento e rasterização do PS5 Pro. Um indício disso são os níveis de ruído observados nas áreas periféricas das imagens exibidas — sobretudo em cenários com alto nível de reflexos, sugerindo a ativação do ray tracing.

Apesar dos ganhos de desempenho e do hardware mais avançado, um fator nada técnico acabou por manchar o anúncio do PS5 Pro: o seu preço. Os 700 dólares pedidos pela Sony pela consola revoltaram a comunidade gamer, levando muitos a afirmar que não comprariam o novo dispositivo.

Além disso, análises como esta podem contribuir para reduzir a perceção de valor oferecido pela consola e dificultar ainda mais as vendas do PS5 Pro. Afinal, por que investir numa nova consola se ela apenas melhora a resolução e não traz ganhos reais de desempenho?

Assim, o maior desafio da Sony será convencer o público de que vale a pena adquirir um PS5 Pro. Será que conseguirão? O lançamento do PlayStation 5 Pro está marcado para o dia 7 de novembro, com pré-vendas a começar na próxima quinta-feira, 26 de setembro.

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